HABITAT BENTÔNICO

As extensas áreas rasas e a entrada de grande volume de sedimento em suspensão de origem fluvial do complexo Patos-Mirim, fazem do ELP uma bacia de deposição com diferentes tipos de fundo e proporção variável de argila, lama e areia, conforme o nível de energia hidrodinâmica. O substrato não consolidado do estuário, as distintas frequências de alagamento/exposição e variações de salinidade fornecem as condições para o estabelecimento de habitats sub e intermareais (Fig. 1).

 

 

Boa parte do ELP (aprox. 300 km2) é caracterizada por planos intermareais e submareais. Os consumidores destes habitats são invertebrados do meiobentos, infauna e epifauna, bem como peixes estuarinos, que se alimentam de detrito proveniente da produção autóctona de macroalgas, fitoplâncton, fitobentos ou de áreas adjacentes vegetadas por fanerógamas. As extensas pradarias da fanerógama submersa Ruppia maritima (aprox.120 km2) no estuário oferecem proteção e fonte de alimento para o crescimento e/ou reprodução de organismos bentônicos (Fig.2). As folhas, hastes, raízes e rizomas de Ruppia maritima que ocorrem entre 0,3 e 1,5 m de profundidade, servem ainda como substrato para a formação de biomassa e de grande diversidade de outros macro e microprodutores.

 

 

Ocypode quadrata

Uca uruguayensis

Donax hanleyanus

Excirolana Armata