A estratégia amostral representa um compromisso entre o esforço necessário para a resolução de escalas espaciais e temporais curtas, e a continuidade do projeto a longo prazo. As coletas de plâncton serão realizadas mensalmente nas mesmas seis estações amostradas na fase PELD 2009-2012 (áreas de amostragem). Além disto, na região mais dinâmica do estuário, sua desembocadura, as amostras serão obtidas durante 3 dias consecutivos a cada 3 horas durante a primavera ou verão, período de maior atividade reprodutiva dos peixes na região. Isto permitirá a
obtenção de réplicas representativas das perturbações esperadas, propiciando a precisão necessária para a compreensão dos mecanismos de troca no estuário e recrutamento de organismos planctônicos. No orçamento mínimo, as coletas serão realizadas em apenas três estações e a resolução em curta escala não será avaliada. O ictioplâncton será coletado com rede cônica de 300μm, arrastada manualmente na zona de praia. Estas redes serão dotadas de fluxômetro para a estimativa do volume filtrado. Concomitante a todas as
estações, serão obtidas informações sobre temperatura e salinidade. O material coletado com redes será preservado com formalina 4% e/ou alcool 100% dependendo da finalidade do estudo. A identificação, contagem e determinação da morfometria serão realizadas em microscópio estereoscópico acoplado a sistema de análise de imagens. As espécies chave serão as mais abundantes no ictioplâncton do estuário e aquelas relacionadas com água doce e água salgada: savelha (Brevoortia pectinata); majubão (Lycengraulis grossidens); corvina (Micropogonias furnieri); mandi (Parapimelodus nigrebarbis); e peixe-espada (Trichiurus lepturus).

 

 

 

 

 

 

 

 

Coleta de dados de corrente utilizando um Acoustic Doppler Profiler (ADP) no canal do estuário da Lagoa dos Patos

Obtenção de amostras de ictioplâncton no no canal do estuário da Lagoa dos Patos

Processamento e triagem do material em laboratório