Título do Banco de Dados

Série temporal de dados de distribuição, abundância, taxas reprodutivas e ecologia trófica dos botos do estuário da Lagoa dos Patos e costa marinha adjacente.

 

Responsáveis pelo Banco de Dados

Prof. Eduardo R. Secchi

 

e-mail do responsável/contato

edu.secchi@furg.br

 

Laboratório

Laboratório de Ecologia e Conservação da Megafauna Marinha, EcoMega/FURG. Instituto de Oceanografia/Museu Oceanográfico, Universidade Federal do Rio Grande (IO-FURG)

 

Resumo

Nos últimos 10 anos, vem-se coletando dados de distribuição, abundância e taxa reprodutivas e de sobrevivência dos botos que habitam o estuário da Lagoa dos Patos e costa marinha adjacente. Os dados vem sendo coletados, com o uso da foto-identificação, de maneira sistemática e intensiva (semanal ou quinzenal, dependendo das condições meteorológicas). Este conjunto de dados permitiu a estimativa de abundância, taxas reprodutivas e de sobrevivência de filhotes, juvenis e adultos (machos e fêmeas). Variações nas estimativas serão avaliadas com a continuidade do monitoramento de longo prazo.

 

Palavras chave: Tursiops truncatus, Abundância, Ecologia trófica, Distribuição, Reprodução, Isótopos Estáveis, Dieta

 

Título do Projeto:

Abundância, distribuição, taxas reprodutivas e ecologia trófica do boto, Tursiops truncatus, no estuário da Lagoa dos Patos e costa marinha adjacente.

 

Metodologia

Padrões de distribuição e uso do habitat: Todas as saídas são realizadas à bordo de uma lancha equipada com motor de popa de 90HP, rádio VHF, ecossonda e GPS. As transecções são aproximadamente perpendiculares à linha de costa e às isóbatas para garantir amostragem mais homogênea em faixas de mesma profundidade. Serão realizadas 20 transecções perpendiculares, sendo 10 ao sul e 10 ao norte do estuário. Na parte interna, transecções em zigue-zague são conduzidas desde a boca do estuário até aproximadamente 25 km ao seu interior. Quando um grupo de botos é avistado, o barco se aproxima lentamente para obter dados do número e composição dos indivíduos, profundidade, posição e identificação individual por meio de fotografias (foto-identificação). Após, a equipe retorna ao mesmo ponto da transecção para reiniciar as observações. As sub-áreas são divididas em células (0,25km2) e o seu uso relativo, determinado de acordo com a frequência das avistagens em cada célula, será comparado com valores hipotéticos de uma distribuição uniforme. As áreas preferenciais serão identificadas como áreas que incluem todas as células com valores de uso relativo maior do que o esperado. O mesmo índice de uso relativo será calculado para cada estação do ano.

Estimativas de abundância, taxas reprodutivas e de sobrevivência: As estimativas de abundância serão feitas usando modelos de marcação-recaptura, ajustados aos dados de foto-identificação, para populações fechadas que incorporam heterogeneidade nas probabilidades de captura. As taxas de sobrevivência também serão estimadas a partir de modelos de marcação-recaptura, porém, neste caso, para populações abertas. A identificação e acompanhamento de pares mãe-filhote ao longo do tempo, desde o início da estação reprodutiva, visam possibilitar cálculos aproximados de intervalos de nascimento e taxas reprodutivas bem como suas tendências temporais.

Ecologia Trófica: A ecologia trófica dos botos vem sendo estudada a partir da análise do conteúdo estomacal bem como utilizando dados de isótopos estáveis de Nitrogênio dos botos e de suas potenciais presas.

 

Cobertura espacial

Estuário da Lagoa dos Patos e costa marinha adjacente (Lat Long), municípios de Rio Grande e São José do Norte, RS.

 

Cobertura temporal

Janeiro de 2005 a Junho de 2015.

 

Espécies coletadas

Botos (Tursiops truncatus)