Título do Banco de Dados
Monitoramento de Longo Prazo da Vegetação Aquática Submersa do Estuário da Lagoa dos Patos
Responsáveis pelo Banco de Dados
Margareth da Silva Copertino
E-mail do responsável/contato:
Laboratório
Laboratório de Ecologia Vegetal Costeira
Resumo
Reduções ou perdas de fanerógamas marinhas têm sido registradas ao longo de todas as regiões costeiras do globo, devido à ocupação urbana, eutrofização, dragagem, pesca predatória e também mudanças climáticas. A redução destes hábitats acarretam consequências negativas aos ecossistemas costeiros, comprometendo importantes funções ecológicas e serviços como a sustentabilidade das atividades pesqueiras, a proteção da costa e a capacidade de sequestro de carbon. O estuário da Lagoa dos Patos tem sofrido modificações na sua dinâmica hidrológica e ecológica nas últimas décadas, as quais tem afetado a distribuição, abundância e estrutura da vegetação aquática submersa (VAS), particularmente das pradarias dominadas pela fanerógama marinha Ruppia maritima. Hidrodinâmica e dinâmica sedimentar são fatores chaves para o estabelecimento, crescimento e permanência das pradarias. O projeto objetiva estudar a dinâmica da VAS no estuário da Lagoa dos Patos, investigando as relações existentes entre modificações do regime hidrológico, qualidade da água e variações na estrutura e abundância das plantas e macroalgas. Isto está sendo realizado através do monitoramento contínuo da VAS e dos parâmetros abióticos da água, da avaliação de banco de sementes do sedimento, da aplicação de técnicas de sensoriamento remoto e da sistematização e análise de banco de dados climáticos e hidrológicos. Adicionalmente, a capacidade de sequestro de carbono destas pradarias está sendo investigada, através de análises de nutrientes da biomassa e do sediment coletadas ao longo do tempo e do espaço.
Palavras chave
Pradarias submersas, Macroalgas, Distribuição, Abundância, Variabilidade climática e hidrologica, Carbono.
Título do Projeto
Dinâmica da Vegetação Aquática Submersa no Estuário da Lagoa dos Patos (Projeto DIVAS)
Metodologia
Desde 1999, a VAS é amostrada mensalmente desde em área meso-mixohalina do ELP, ao longo de um transecto permanente e georeferenciado (400 m). A partir de 2015, a VAS é amostrada sazonalmente em três locais do ELP (protocolo da ReBentos) ao longo de transectos permanentes e georeferenciados (50 m cada), perpendicular a costa e dispostos através dos limites inferior, médio e superior das pradarias. O percentual de cobertura e composição da VAS são obtidos dentro de quadrados permanentes (25x25cm; N=32 por local). Amostras destrutivas da biomassa são obtidas com amostradores de PVC (10cm diâmetro, 15 cm de profundidade) (N = 12 por local). A biomassa é separada nos componentes aéreo, subterrâneo, macroalgas e algas epífitas, secos (48 horas a 60° C) e expressos em g Peso Seco m-2. Os parâmetros abióticos da água (níve, secchi, temperatura, salinidade) tem sido obtidos diariamente desde 1999 (dados diários PELD). A partir de 2012, os parâmetros a água tem sido obtidos semanalmente com sonda multiparâmetro (temperatura, salinidades, pH, O2, turbidez). Amostras de água são obtidas mensalmente para análise de nitrato, nitrito, amônio e fosfato.
Cobertura espacia
Lat; Long: -32o 02’ 50’’; -52 12’46’’; Rio Grande, RS:
Cobertura temporal
Desde 1999 até 2015, uma pradaria é amostrada com frequência mensal. A partir de 2015, 3 outras pradarias são amostradas com frequência sazonal no meio da estação. (janeiro/fevereiro, abril/maio, julho/agosto, outubro/novembro) período das amostragens e freqüência amostral. Data de início e da última coleta.
Espécies coletadas:
Ruppia maritima, Zannichellia palustris, Ulva chlathrata, U. intestinalis, U. flexuosa, Vaucheria longispica, Polysyphonia subtilissima, P. Tépida.
Link para os dados no GBIF (Dynamics of Submerged Aquatic Vegetation – DIVAS)